sábado, 9 de agosto de 2008

o mundo brilha e poucos giram

O cheiro do ferro umidecido me entorpecia ao ver a tão bela lua se apagar. E é aí que as coisas começam a finalmente fazer sentido, a vida, o dinheiro, os pulsos e tudo mais. Os postes ainda iluminam ruas vazias com suas fortes ondas amareladas, os dias vão devorando as horas e o nosso fim sempre chega. Não quero ser uma lápide gloriosa, nem pétalas secas entaladas no seu choro, apenas bons recortes feitos pelas suas próprias mãos, amigo.

-sinto.

4 comentários:

Lupe Leal disse...

não quero te decepcionar nunca,
mas se acontecer,
finja que não fui eu.

realmente não será.

grande sinto, grande abraço e fim.

Lupe Leal disse...

e por ironia, ou não,
em benefício da espontaineidade, vi seu comentário depois de ter escrito aqui meu primeiro recado. (no qual disse 'fim')

'me lembro daquela conversa', me pegarei repetindo por anos a fio, com os olhos ansiosos por estrela cadente e o coração saudoso de um outro mochilão, quem sabe.

Anônimo disse...

"E é aí que as coisas começam a finalmente fazer sentido, a vida, o dinheiro, os pulsos e tudo mais."

Que bom que consegue encontrar sentidos, acho tao dificil!
Tao lindo o que escreve, tao bom perceber reciprocidade aqui, tao bom compartilhar...

Um beijo carinhoso!

Anônimo disse...

"Não quero ser uma lápide gloriosa..." Também não quero ser no final apenas um fragmento de memória a ser esquecido como um objeto que existiu em vão... Adoro seus versos, sempre me encantam a profundidade e a realidade que eles representam... continue assim moça... Beijos