segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

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carmem já sentia na pele o gosto dos anos. Teve goles de desejo num tanto grande de amor. Seus pés já haviam se casado com esse quintal infinito, afinal a cidade era grande e seus lábios, mel. Ela caminhava por parágrafos e parágrafos até seus ouvidos não aguentarem mais. Deixou os pais numa tarde normal de domingo e dalí partiu para dentro de sí, foi trabalhar alí mesmo, naquele café pouco refinado para descolar alguns vícios de mesa mais tarde. Um dia viu um belo rapaz chateado com o jornal debaixo do braço lamentando seus dias iguais mergulhado totalmente em talheres e porcelanas. Descobriu alí mais uma página, mais uma saudade pra cantar.

4 comentários:

Lupe Leal disse...

"." e "nectar" e esse banho de arrepios.
que raízes.

como somos frágeis. vou viver mais.

e...

Lupe Leal disse...

você gosta de deixar comentários nos penúltimos posts.

saquei seu vício.

saudades mornas.

Lupe Leal disse...

"Deixou os pais numa tarde normal de domingo e dalí partiu para dentro de sí"

vc, hem?

B, disse...

Sua robustez não estão somente no estilo da escrita, mas nessa pessoa criada dentro de você, por você e para você! Muito bom!