sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Parir de clarões

O ano vai se diluindo nesses dois últimos minutos da minha canção preferida. Meu dedo retém dos seus lábios as ilusões, palavras e planos que depois são postos em fila no rodapé do nosso lado mais vermelho. Vinhos baratos, beijos intermináveis, peles. Nos absorvemos até a última gota. O ouvido se entorpece e nos tornamos platéia do magnífico raiar de sóis que somos a sós, mas continuo esperando no portão.

7 comentários:

Lupe Leal disse...

prefiro me calar.

usei esse termo "rodapé", me perdoe, como tudo aqui, acabei encantado por ele.


um abraço.

Lupe Leal disse...

p.s.: mais cores na tentativa frustrante?

Francisco Filho disse...

meu ano se dilui em cancoes sem fim...

Miss Lou Monde disse...

Eu... me vejo inteira mergulhada no lado vermelho da vida... e também. Também espero espero.

B, disse...

De um segredo sublime, diria.

Tatá disse...

Sublime!

R.R. disse...

palavras que possuem um 'q' de encanto em cada sílaba...