segunda-feira, 31 de agosto de 2009

no final daquilo tudo fomos



_meu amor?
_estou bem, estou bem
_ah! chega dessa chatice de sempre, porra!

_mas o que foi? que stress é esse?
_... eu estou cansada e com preguiça de você
_ué,
_ah, esse falatório que nunca chega a lugar nenhum!
_mas a gente precisa de...
_a gente precisa de muita coisa, muita coisa, não consigo te alcançar
_por que você quer isso?
_porque eu já cansei, tá ouvindo? cansei! cansei! encheu meu saco, não dá mais
_você é a única pessoa que pode fazer isso,
_puta merda! será que você não pode ao menos tentar me ajudar, caramba, esse cansaço está me matando! minhas costas estão piores e minhas tardes também. eu sinto uma saudade que não passa, um corte que não quer sarar! _____ tão só...
_mas então?
_eu não consigo, não quero mais conseguir.
_vá embora, menina, você precisa.


embora e eu fiquei matutando, pra que fingir tanto se sempre é assim, a gente chega tonto fedendo cigarro e sozinho. descobri que é assim, no fim da noite sempre estamos todos perdidos.

2 comentários:

Miss Lou Monde disse...

Mas as manhãs vêm logo depois... e elas, com sua luz, nos dão força para tentarmos encontrar alguma coisa que nos faça continuar, persistir nessa "perdição" toda ^^

Que o céu negro não pareça pesado demais para você...

Desejos!

Leonardo Priori disse...

Hum... Uma vez a muito tempo atrás escrevi um trem assim: "Em busca da felicidade impossível me fingi de feliz, acabei sem mulher, triste e fui para casa esperar a ressaca do dia seguinte." Tinha mais algo, não lembro, era mais ou menos isto.