quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Prelúdio sexual

Uma fêmea no cio, era madrugada. Aqueles dois brutamontes sentiram o cheiro de longe e vieram conferir. Eles a rodearam, cheiravam a situação dando socos no ar com o fucinho, até meterem a cara e lamberem a vagina da cachorra, aquele leve inchaço e a textura quente daquela elipse triangular incitava cada vez mais seus instintos. Ao se esbarrarem, rangiram os dentes, tentaram afastar o outro com mostras animalescas de dentes e pêlos, naquele momento os três sabiam o que estava prestes a acontecer. Fazia frio mas a excitação do quase coito trouxe um fervor maldito aos olhos daquele marrom cão, o outro branco de manchas pretas arrepiou os pelos do pescoço parecendo um leão estranho, mas o tamanho e a persistência dominante do marrom separou numa única bocada sua orelha em duas. A luta começou, a raiva e excitação dos dois cachorros travaram um combate brutal, eles ficariam alí até que um morresse. Longos dentes pra fora, baba excessiva, olhos carnívoros, uivos de dor e ódio. Uma coisa curiosa de se presenciar, deixaria qualquer um de olhos estáticos. Eles rolaram na rua por alguns minutos até que o marrom dominasse a situação, debruçou as patas sobre o peito do manchado que estava de barriga pra cima, e ficou latindo forte, dava pra ver aquela baba descendo até a boca do outro. eu ganhei! vá embora, fraco! as crias levarão o MEU xy porque é o mais forte . Em poucos segundos o manchadinho virava a esquina mancando. Agora era a vez do mais forte, chegou a hora das batatas. Todas aquelas dentadas valeram, o desejo natural de fecundar diminuía a dor dos cortes. A fêmea olhou pr´aquele brutamontes marrom que recuperava o fôlego numa tosse seca agoniante, ela só podia esperar e assim fez.

Um comentário:

Eduardo F. disse...

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